De acordo com uma publicação feita na rede social Facebook, citada pela agência de notícias ucraniana Ukrinform, o porta-voz do Comando da Força Aérea, Yuri Ihnat, denuncia que os radares detetaram pelo menos uma aeronave de reconhecimento não tripulada das Forças Armadas russas que sobrevoou o território polaco.
Ihnat indicou também tratar-se de um 'drone' Forpost, uma versão russa da aeronave israelita IAI Searcher II.
"O 'drone' invasor sobrevoou primeiro as instalações [militares] de treino de Yavoriv, aparentemente para averiguar as consequências de um ataque com mísseis na região de Lviv, e depois voou em direção à Polónia e voltou ao espaço aéreo ucraniano, antes de ser derrubado pela nossa defesa aérea", sustentou, acrescentando que os militares ucranianos ainda estão a tentar encontrar os restos da aeronave.
No domingo as Forças Armadas da Rússia lançaram um ataque contra uma instalação militar na cidade ucraniana de Yarinov, a apenas 20 quilómetros da fronteira com a Polónia. O ataque matou pelo menos 35 pessoas e feriu 134.
A confirmar-se, a entrada no espaço aéreo polaco de uma aeronave russa é considerada uma violação do território de um Estado-membro da NATO, organização composta por 30 países, entre os quais Portugal.
São também Estados-membros a Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, República Checa, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Macedónia do Norte, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Reino Unido, Roménia e Turquia.
A invasão da Rússia à Ucrânia dura há 20 dias, provocou centenas de mortos e levou milhões de pessoas a refugiarem-se nos países vizinhos.
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