No seu relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabiliza 48 crianças mortas e 62 feridas.
Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, e as 24:00 de segunda-feira (hora local), correspondendo a 19 dias de combates.
A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis, incluindo crianças, "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.
"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", lê-se no relatório.
O ACNUDH adiantou que "a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração".
A agência liderada pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet referiu, em particular, as cidades de Izium (região de Kharkiv) e de Mariupol e Volnovakha (Donetsk), "onde há alegações de centenas de baixas civis" que não estão incluídas nos números divulgados hoje.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 20.º dia, provocou também um número por determinar de baixas militares e levou mais de três milhões de pessoas a fugir da Ucrânia para os países vizinhos.
Trata-se da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), segundo a ONU.
A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
Leia Também: Portugal concedeu mais de 9.200 pedidos de proteção temporária