"O ministro Kuleba agradeceu a Israel os esforços de mediação e a posição em relação às sanções", refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.
O gabinete do chefe da diplomacia israelita acrescentou que os dois ministros também abordaram a "ajuda humanitária que Israel enviou para a Ucrânia", assim como a criação de um hospital de campanha.
Através de uma publicação na rede social Twitter, Dmytro Kuleba disse que recebeu garantias de que não vai ser através de Israel que a Rússia vai contrariar as sanções impostas por vários países ocidentais, nomeadamente os Estados Unidos da América e os Estados-membros da União Europeia.
O chefe da diplomacia ucraniana disse que também recebeu garantias sobre o respeito dos direitos dos refugiados que chegam a Israel, na sequência de uma polémica sobre o modo como os cidadãos ucranianos foram tratados quando chegaram a território israelita e os limites impostos à entrada de refugiados que fugiam da guerra.
Esta conversa, que decorreu pelo telefone, fez parte de um conjunto de contactos entre os dois países, nomeadamente um entre o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Bennett também conversou com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e tem mantido contactos regulares com os dois presidentes no sentido de se "alcançar um cessar-fogo".
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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