De acordo com o Departamento de Tesouro, as sanções visam Alexander Lukashenko, aliado do Presidente russo, Vladimir Putin, e "chefe de um governo corrupto na Bielorrússia, cuja rede de patrocínio beneficia a sua comitiva e o seu regime", bem como a mulher.
As medidas não estão diretamente ligadas à guerra na Ucrânia, mas fazem parte de um movimento de sanções internacionais contra a Rússia e a Bielorrússia, envolvendo também um juiz de Moscovo, acusado de corrupção e de violação dos direitos humanos.
Três funcionários chechenos e o ministério ao qual estavam ligados também estão sob sanções norte-americanas, pela sua participação na detenção de Oioub Titiev, responsável na Chechénia por uma organização de defesa dos direitos humanos.
Também o Canadá anunciou hoje um novo pacote de sanções contra 15 altos funcionários e militares russos, no mesmo dia em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se vai dirigir, por vídeo, ao Parlamento canadiano.
Entre os 15 nomes incluídos na lista de sanções estão Dmitri Grigorenko, vice-presidente do Governo da Federação Russa; Igor Osipov, almirante encarregado da frota do Mar Negro; Nikolai Yevmenov, comandante-em-chefe da Marinha; e Maxim Reshetnikov, ministro do Desenvolvimento Económico da Federação Russa.
O Canadá considerou que esta punição contra funcionários que "permitiram e apoiaram" a invasão da Ucrânia por Vladimir Putin colocará mais pressão sobre a Rússia para "recuar".
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, explicou que o seu país não abrirá mão do seu apoio à Ucrânia e à sua população.
"O Canadá não hesitará em tomar mais medidas se a liderança russa não recuar", avisou Joly.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Leia Também: Ucrânia: 10 mil doentes transferidos para hospitais da União Europeia