Ministro turco viajou para Moscovo para prosseguir mediação do conflito

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia viajou hoje para Moscovo, capital da Rússia, e na quarta-feira viajará para a Ucrânia, na tentativa de mediar um cessar-fogo em território ucraniano.

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Lusa
15/03/2022 19:59 ‧ 15/03/2022 por Lusa

Mundo

Negócios Estrangeiros

O anúncio de que Mevlüt Çavusoglu estava a caminho da Rússia foi feito hoje pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, esclarecendo que o chefe da diplomacia vai "continuar os esforços para alcançar um cessar-fogo e a paz" através da discussão com as duas partes envolvidas no conflito desencadeado pela invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.

Contudo, o chefe de Estado turco não avançou mais detalhes sobre quais serão os interlocutores do ministro dos Negócios Estrangeiros.

Erdogan também anunciou que o Presidente da Polónia, Andrzej Duda, irá viajar para a Turquia na quarta-feira para uma reunião.

A Turquia é um dos países que está a fazer a mediação do conflito, nomeadamente através dos ministros dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, e ucraniano, Dmytro Kuleba, para ser alcançado um cessar-fogo.

Em vista está também a organização de um encontro entre o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O chefe da diplomacia turca disse que foi informado pelo homólogo ucraniano de que "Zelensky estava pronto", enquanto Lavrov referiu que Putin "não era contra o princípio" de uma reunião.

Apesar de ser aliada da Ucrânia e um dos 30 Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), a Turquia recusou integrar a lista de países que impôs sanções económico-financeiras contra a Rússia, alegando preferir o papel de mediador.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 20.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje pelo menos 691 mortos e 1.143 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças.

Leia Também: Primeiros-ministros polaco, checo e esloveno chegam a Kiev

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