"Devemos fazer com que termine o mais depressa possível esta tragédia que decorre a leste. Por isso, com o vice-primeiro-ministro [polaco] Jaroslaw Kaczynski, e os primeiros-ministros [checo e esloveno] Petr Fiala e Janez Jansa, estamos em Kiev", escreveu Mateusz Morawiecki.
O primeiro-ministro ucraniano Denys Chmygal confirmou a sua chegada em mensagem no Twitter. Saudou a "coragem dos verdadeiros amigos da Ucrânia" e indicou que nas conversações vão abordar "o apoio à Ucrânia e o reforço das sanções contra a agressão russa".
O Governo polaco anunciou na manhã de hoje que os três primeiros-ministros se deslocariam a Kiev "na qualidade de representantes do Conselho europeu, para encontrar o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro Denys Chmygal", segundo o comunicado.
Michal Dworczyk, chefe de gabinete de Morawiecki, precisou que a delegação viajaria de comboio.
O objetivo da visita consiste em "reafirmar o apoio sem equívocos do conjunto da União Europeia à soberania e à independência da Ucrânia e apresentar um vasto conjunto de medidas de apoio ao Estado e à sociedade ucranianas", precisou o comunicado publicado na página digital do Governo polaco.
Fonte europeia em Bruxelas citada pela agência noticiosa AFP indicou que apesar de os três chefes de Governo serem membros do Conselho Europeu e dessa forma seus representantes, não possuem um mandato oficial do Conselho, pelo facto de não terem existido conclusões na matéria adotadas formalmente em Versalhes.
O projeto da deslocação foi comunicado à presidente da Comissão europeia, Ursula von der Leyen, e ao presidente do Conselho europeu, Charles Michel, à margem da cimeira de Versalhes que decorreu na passada sexta-feira, e confirmada na segunda-feira, segundo a mesma fonte.
O vice-primeiro-ministro polaco Jaroslaw Kaczynski, chefe do partido da direita populista-nacionalista no poder na Polónia, também integra a delegação, indicou Dworczyk.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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