De acordo com a porta-voz da Presidência norte-americana, Jen Psaki, a conversa irá servir "para manter os canais de comunicação abertos entre os Estados Unidos e a República Popular da China", assim como para discutir questões de "concorrência" entre Washington e Pequim.
A conversa telefónica entre os dois líderes acontecerá após uma intensa reunião de sete horas em Roma, na segunda-feira, entre o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan e o conselheiro sénior de política externa chinesa, Yang Jiechi.
As autoridades norte-americanas têm criticado a China por ampliar a desinformação russa sobre o alegado risco de uso de armas químicas por parte da Ucrânia e denunciaram o facto de Moscovo ter pedido ajuda militar a Pequim.
No encontro na capital italiana, Sullivan pediu mais transparência da parte de Pequim em relação à Rússia e repetiu que qualquer tentativa da China de ajudar a Rússia a evitar sanções teria um elevado preço para o Governo de Xi Jinping.
O Departamento de Estado norte-americano já avisou que está "a vigiar muito de perto até que ponto a China ou qualquer outro país presta assistência à Rússia, seja material, económica ou financeiramente".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de pelo menos 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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