Presidentes dos EUA e da China iniciaram conversa sobre a guerra

Os Presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, iniciaram a conversa telefónica que estava prevista para hoje, que será dedicada em particular à invasão da Ucrânia pela Rússia, anunciou a Casa Branca.

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Lusa
18/03/2022 13:56 ‧ 18/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

A conversa entre Biden e Xi começou quando eram 09:03 em Washington e 21:03 em Pequim (13:03 em Lisboa), disse a fonte oficial, citada pela agência francesa AFP.

De acordo com as primeiras observações relatadas pela televisão chinesa, Xi disse a Biden que um conflito "não é do interesse de ninguém".

As autoridades norte-americanas disseram anteriormente que Biden pretendia dizer a Xi que haverá consequências para a China se apoiar a Rússia na guerra com a Ucrânia, nomeadamente fornecendo armas a Moscovo.

"Queremos que o Partido Comunista Chinês, que é uma potência muito importante na cena internacional (...), compreenda que o seu futuro está com os Estados Unidos, com a Europa, com outros países desenvolvidos e em desenvolvimento", resumiu a número dois da diplomacia norte-americana, Wendy Sherman.

"O seu futuro não é apoiar Vladimir Putin", acrescentou Sherman, em declarações à televisão norte-americana CNN.

A China tem mantido uma posição ambígua sobre a decisão russa de invadir a Ucrânia, que Moscovo concretizou em 24 de fevereiro.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia praticamente em todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 23.º dia, provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.

A ONU contabilizou a morte de 780 civis até quarta-feira, incluindo 58 crianças, mas tem alertado que os números reais "são consideravelmente mais elevados".

A guerra também provocou mais de 3,2 milhões de refugiados, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), segundo a ONU.

 

Leia Também: Insultos de Biden a Putin foram motivados por "irritação e fadiga"

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