A conversa entre Biden e Xi começou quando eram 09:03 em Washington e 21:03 em Pequim (13:03 em Lisboa), disse a fonte oficial, citada pela agência francesa AFP.
De acordo com as primeiras observações relatadas pela televisão chinesa, Xi disse a Biden que um conflito "não é do interesse de ninguém".
As autoridades norte-americanas disseram anteriormente que Biden pretendia dizer a Xi que haverá consequências para a China se apoiar a Rússia na guerra com a Ucrânia, nomeadamente fornecendo armas a Moscovo.
"Queremos que o Partido Comunista Chinês, que é uma potência muito importante na cena internacional (...), compreenda que o seu futuro está com os Estados Unidos, com a Europa, com outros países desenvolvidos e em desenvolvimento", resumiu a número dois da diplomacia norte-americana, Wendy Sherman.
"O seu futuro não é apoiar Vladimir Putin", acrescentou Sherman, em declarações à televisão norte-americana CNN.
A China tem mantido uma posição ambígua sobre a decisão russa de invadir a Ucrânia, que Moscovo concretizou em 24 de fevereiro.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia praticamente em todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 23.º dia, provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.
A ONU contabilizou a morte de 780 civis até quarta-feira, incluindo 58 crianças, mas tem alertado que os números reais "são consideravelmente mais elevados".
A guerra também provocou mais de 3,2 milhões de refugiados, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), segundo a ONU.
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