A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, defendeu este domingo que o presidente russo, Vladimir Putin, “não deve ganhar” a guerra contra a Ucrânia e assegurou que a Estónia está a fazer “o possível para apoiar e ajudar” o país.
“Estamos a fazer tudo o que é possível para apoiar e ajudar a Ucrânia nesta guerra. O Putin não deve ganhar esta guerra”, frisou em entrevista à CNN Internacional.
Sublinhe-se que a Estónia, a Lituânia e a Letónia - os países bálticos - são ex-repúblicas soviéticas e já foram apontadas como o “próximo passo” de Vladimir Putin, caso consiga vencer a guerra na Ucrânia. Contudo, todos fazem parte da aliança transatlântica NATO e da União Europeia (UE), o que aumenta as preocupações de um escalar de conflito.
Na próxima cimeira da NATO, que decorrerá na próxima semana, a governante estónia afirma que será abordada uma estratégia que passa por acabar com a guerra usando “contenção inteligente”. Ou seja, passar de uma “postura de dissuasão” para uma “postura de defesa”.
“Existem algumas capacidades que são muito caras para qualquer Estado individual, mas se as fizermos em conjunto aqui na Europa para proteger os nossos territórios, seremos mais fortes”, considerou.
Questionada sobre a Polónia defender que a NATO deve enviar uma “missão de paz” para a Ucrânia, protegida pelas Forças Armadas, para prestar ajuda “humanitária e pacificador”, Kallas frisa que a Rússia “não tem qualquer intenção” de fazer algo para alcançar paz.
“Só podemos ter uma missão de paz se tivermos paz, mas se olharmos para o que está a acontecer na Ucrânia, a paz não é nada do que vemos lá. É uma guerra que está a acontecer e não vejo que a Rússia tenha qualquer intenção de fazer algo para alcançar a paz. Então, primeiro, devemos ter a paz e depois mantê-la”, afirmou.
Assinala-se hoje o 25.º desde o início da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, até ao final do dia de sábado. Há ainda mais de 3,4 milhões de refugiados que fugiram para os países vizinhos.
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