Hungria rejeita sanções que possam colocar em risco segurança energética

O Governo da Hungria assegurou hoje que não apoiará sanções às exportações russas de energia se puserem em perigo a segurança energética do país e adiantou não acreditar num apoio unânime da União Europeia (UE) neste sentido.

Notícia

© Reuters

Lusa
21/03/2022 16:41 ‧ 21/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Não apoiamos sanções que ponham em perigo a segurança energética da Hungria", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, que participa hoje, em Bruxelas, numa cimeira com homólogos da UE.

Szijjártó disse que o tema é "uma linha vermelha" para a Hungria, um dos países europeus com maior dependência do gás russo, que representa cerca de 95% do total que consome.

Vários países comunitários apoiam sancionar as exportações russas de petróleo como nova medida de pressão e castigo à Rússia pela invasão da Ucrânia, ainda que sem menções ao gás, já que muitos países, entre eles a Alemanha, são muito dependentes das importações desta fonte de energia.

Szijjártó adiantou que uma eventual proposta de aplicar sanções ao petróleo, "seguramente não contará com um apoio unânime" na UE.

"É pedir que nos causemos mais danos do que ao país que queremos sancionar", acrescentou o ministro.

Ao entrar na reunião, o Alto Representante da UE para os Assuntos Externos, Josep Borrell, avançou à imprensa que os ministros vão analisar que tipo de novas sanções podem adotar, "especialmente relacionadas com a energia".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje à UE, em particular à Alemanha, para cessar todas as relações comerciais com a Rússia e recusar todos os seus recursos energéticos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 174 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Hungria espera "maior onda" de refugiados ucranianos na próxima semana

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas