O navio com bandeira do Mali, chamado Axioma, foi "objeto de um pedido de apreensão por um grande banco internacional ao Supremo Tribunal de Gibraltar", disse na segunda-feira o governo do pequeno território do sul de Espanha.
Gibraltar permitiu que o navio entrasse no seu porto, apesar de ter sido proibido por sanções britânicas que visavam muitos oligarcas russos. No entanto as autoridades de Gibraltar explicam que a decisão foi "no interesse dos credores que apresentaram queixas contra o navio".
"O navio está agora preso pelo Marechal do Almirantado "até nova ordem", acrescentaram as autoridades locais citadas pela AFP.
Após um encontro com o chefe de governo de Gibraltar, Fabian Picardo, a chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, saudou hoje, através do Twitter, a "apreensão por Gibraltar do super iate de Dimitri Pumpianski como resultado das sanções britânicas".
Dimitri Pumpianski, o chefe do gigante dos oleodutos TMK, é também alvo de sanções da UE desde a invasão russa da Ucrânia.
Vários países, tais como Espanha, Itália e França, já apreenderam iates pertencentes aos russos mais ricos como parte das sanções da UE que congelam todos os seus bens na europa.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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