"Acho que há uma ameaça real", disse Biden, referindo-se ao cenário de Moscovo ordenar o uso de armas químicas na guerra na Ucrânia.
Nos últimos dias, a Casa Branca insistiu no risco de Moscovo vir a usar armas químicas como parte de uma "operação de bandeira falsa", referindo-se a uma tática de guerra na qual uma parte em conflito comete um ato e faz parecer que foi a outra parte que o realizou.
Biden está de partida de Washington para Bruxelas, onde participará de reuniões de emergência da NATO, do G7 e do Conselho Europeu.
Em Bruxelas, os Estados Unidos e os aliados europeus anunciarão, na quinta-feira, novas sanções contra a Rússia, de acordo com o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
De seguida, o Presidente norte-americano viajará na sexta e no sábado para a Polónia, país que recebeu o maior número de refugiados ucranianos em fuga dos bombardeamentos russos.
Será uma maratona diplomática que aguarda Joe Biden, que poderá comprovar a sua firmeza contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e que poderá repetir a promessa de restaurar as alianças europeias.
"Nos últimos meses, o Ocidente esteve unido. O Presidente vai à Europa para garantir que permaneceremos unidos e para enviar uma mensagem forte de que estamos preparados e comprometidos com as nossas alianças", disse hoje Jake Sullivan.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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