A fonte, que quis manter o anonimato, confirmou a informação que circula na imprensa alemã à agência de notícias AFP.
As forças ucranianas já receberam 1.000 armas antitanque e 500 lançadores de mísseis terra-ar do tipo Stinger retirados das reservas do Exército alemão.
O restante dos mísseis "está em processo de entrega", assegurou hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, durante uma intervenção no Bundestag, a câmara baixa do parlamento.
"Somos um dos maiores fornecedores de armas para a Ucrânia na situação atual", indicou.
"Isso não nos deixa orgulhosos, mas é o que precisamos fazer agora para a ajudar a Ucrânia", acrescentou a ministra.
Durante algum tempo, a Alemanha mostrou-se relutante em enviar armas para a Ucrânia, que as pedia de forma insistente, enquanto a Rússia havia concentrado tropas na sua fronteira oriental.
Mas o chanceler alemão, Olaf Scholz, mudou de ideias após a invasão russa.
No passado, a Alemanha proibiu, devido ao seu passado sob o regime nazi, a exportação armas letais para zonas de conflito.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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