O tribunal, que é responsável pela organização das eleições no país, reuniu-se pela primeira vez com o representante do Telegram no Brasil, após o Supremo Tribunal ter ordenado na sexta-feira que a plataforma fosse bloqueada como medida de precaução por se recusar a "colaborar com o sistema de justiça".
O serviço, porém, nunca foi interrompido porque o Telegram cumpriu uma série de "determinações judiciais", tais como a retirada de notícias falsas publicadas pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e no domingo o juiz encarregado do caso anulou a suspensão.
O Telegram tornou-se o instrumento de comunicação de eleição para Bolsonaro e para o seus apoiantes, que viram muito do seu conteúdo banido por outras redes sociais por serem enganadoras ou ofensivas.
As autoridades brasileiras tentaram chegar a um acordo com o Telegram para combater a desinformação, tal como fizeram com o Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai, mas até à data ainda não o conseguiram fazer.
A reunião desta quinta-feira foi um primeiro passo nessa direção e serviu, disse o TSE numa nota, para "discutir formas de colaboração para eleições legítimas e seguras em 2022".
O tribunal eleitoral apresentou ao Telegram o seu programa de combate à desinformação, convidado a rede social a aderir ao mesmo.
Por seu lado, o advogado Alan Campos, representante do Telegram no Brasil, assegurou que a plataforma "está empenhada" no combate à desinformação e informou que levará a proposta do TSE aos executivos da rede social.
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