Zelensky disposto a negociar mas soberania "deve ser garantida"

Ao longo da mensagem diária, o chefe de Estado da Ucrânia indica ainda que a Rússia já perdeu 16 mil militares russos e questiona: "Para quê?". 

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Notícias ao Minuto
25/03/2022 23:17 ‧ 25/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assumiu esta sexta-feira estar disposto a negociar com o Kremlin, no entanto, avisou na sua mensagem diária, que não abdicará da "soberania" e "integridade territorial" da Ucrânia.  

Na mensagem partilhada no site da Presidência da Ucrânia e nas redes sociais, Zelensky saúda os funcionários do Serviço de Segurança da Ucrânia pelos 30 anos desde a sua fundação e agradece aos seus heróis pela luta na defesa da Ucrânia. 

Ao longo da mensagem, o chefe de Estado indica ainda que a Rússia já perdeu 16 mil militares russos e questiona: "Para quê?". 

"Na última semana, as nossas heroicas Forças Armadas desferiram golpes poderosos no inimigo, perdas significativas. Dizem que o Ministro da Defesa da Rússia desapareceu em algum lugar... Será que ele queria pessoalmente visitar Chornobaivka?", afirmou Zelensky sugerindo que uma das perdas russas pudesse ser Sergei Shoigu. 

Quanto a possíveis negociações, o chefe de Estado ucraniano avisa: "A soberania ucraniana deve ser garantida. A integridade territorial da Ucrânia deve ser assegurada. Ou seja, as condições devem ser justas. E o povo ucraniano não aceitará outros".

Zelensky afirma ainda que durante a semana conseguiram "estabelecer 18 corredores humanitários". "Um total de 37.606 pessoas foram resgatadas das cidades bloqueadas", detalha. 

"Em particular, 26.477 moradores de Mariupol foram retirados de Mariupol para Zaporizhzhia através do corredor humanitário. A situação na cidade continua absolutamente trágica", acrescentou o presidente ucraniano. 

A invasão russa chegou esta sexta-feira ao 30.º dia. Foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que aplicou vários pacotes de sanções à Rússia, isolando-a do resto do mundo. Desde que começou já morreram, pelo menos, 1.081 civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). O número real, estima a ONU, será, no entanto, muito maior.  

Leia Também: Morto em combate? Zelensky deixa dúvida no ar sobre ministro desaparecido

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