Ucrânia: Forças ucranianas lançam contra-ofensiva em Kherson
As forças ucranianas lançaram uma contra-ofensiva na cidade ucraniana de Kherson (sul), o único centro urbano completamente conquistado pelas tropas de Moscovo, que agora é "disputada" pelos intervenientes, disse hoje um alto funcionário do Pentágono.
© Lusa
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"Os ucranianos estão a tentar recuperar Kherson. Não podemos dizer exatamente quem está a controlar Kherson, mas não está mais de forma sólida sob o controlo russo", disse à agência de notícias AFP a autoridade norte-americana, que pediu anonimato.
Tomada em 03 de março pelos militares russos, esta cidade estratégica localizada na foz do rio Dnieper, onde as manifestações foram violentamente reprimidas, "é novamente um território disputado", indicou.
De acordo com o alto funcionário do Pentágono, se os ucranianos conseguissem recuperar o controlo de Kherson, as posições russas em torno de Mykolaiv encontrar-se-iam "ensanduichadas" entre aqueles que defendem as duas cidades.
Os russos teriam "muitos problemas para progredir em terra em direção a Odessa". "Seria um desenvolvimento importante", observou.
Os conflitos também opõem as forças russas à resistência ucraniana nas localidades de Bucha e da cidade de Irpin, nos arredores do noroeste de Kiev, segundo informações do Pentágono.
"Observamos intensos combates" nesta área. "Os ucranianos estão a tentar desalojar os russos de Bucha e Irpin", anotou.
Numa altura em que parece que o Exército russo parece estar parado, a Força Aérea da Rússia está a aumentar os bombardeios, em particular na região de Kiev, em Chernihiv (norte) e ao redor das regiões separatistas de Donbass, de acordo com o funcionário do Pentágono.
Os bombardeios também são cada vez mais destrutivos à medida que os 'stocks' de mísseis de precisão do Exército russo diminuem, disse, observando, no entanto, que ainda tem mais de 50% de 'stock' de mísseis.
A Rússia também está a mobilizar as tropas dos territórios separatistas das Geórgia para enviá-las para a Ucrânia.
"Temos indicações de eles [russos] estão a tentar enviar reforços da Geórgia", alertou.
"Detetamos movimentações de vários soldados da Geórgia, não temos o número exato", referiu, acrescentando que não poderia dar mais detalhes sobre a data da sua possível chegada ao teatro de guerra.
Após um conflito com a Geórgia em 2008, a Rússia reconheceu unilateralmente a independência de dois territórios separatistas georgianos pró-Rússia, Abkhazia e Ossétia do Sul, estabelecendo bases militares naqueles locais.
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