O Ministério da Defesa do Reino Unido confirmou, na sua atualização diária sobre a guerra na Ucrânia, que o grupo de defesa militar privado Wagner está ativo no leste ucraniano.
Já no início da guerra uma reportagem do jornal britânico The Times dava conta da presença do grupo de mercenários no país, com o objetivo de matar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
"A empresa militar privada do grupo Wagner foi destacada no leste da Ucrânia", destacou a Defesa britânica, esta segunda-feira.
A inteligência britânica disse, ainda, no Twitter que "é esperada a mobilização de mais de mil mercenários, incluindo o líder da organização", para operações na Ucrânia.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 28 March 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) March 28, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/LGcaASzEkJ
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Para a inteligência britânica, devido às derrotas pesadas e a uma invasão atualmente bloqueada, a Rússia deverá ser forçada a deslocar os mercenários do grupo Wagner para a Ucrânia, sacrificando as operações em África e na Síria.
O Grupo Wagner é um grupo privado russo, conhecido por ser utilizado em conflitos a mando do governo russo.
A milícia privada tem estado mais presente no continente africano, protegendo os interesses russos em palcos importantes como a República Centro Africana, o Mali e em Cabo Delgado (Moçambique).
O oligarca à frente do grupo, Yevgeny Prigozhin, é amigo de Vladimir Putin, e os mercenários são maioritariamente compostos por combatentes da guerra no Donbass, que arrancou em 2014.
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