"É preciso pôr termo a esta tragédia", afirmou Erdogan.
As delegações da Rússia e da Ucrânia devem iniciar as negociações após uma receção que decorreu hoje de manhã no Palácio Dolmabahçe, em Istambul.
Esta ronda negocial decorre depois das primeiras notícias publicadas nos Estados Unidos sobre o eventual envenenamento do oligarca Roman Abramovich, com nacionalidade russa, israelita e portuguesa, que está a tentar mediar negociações entre Moscovo e Kyiv para pôr fim à guerra na Ucrânia.
De acordo com notícias publicadas na segunda-feira pelo Wall Street Journal, após uma reunião na capital ucraniana no início de março, o bilionário, proprietário do clube de futebol inglês Chelsea, e pelo menos dois membros seniores da equipa de negociadores ucranianos "desenvolveram sintomas" suspeitos.
Os sintomas - olhos vermelhos e lacrimejantes, rosto e mãos esfoladas - deixaram de se fazer sentir mais tarde "e as vidas [das pessoas em causa] não estão em perigo", escreveu o jornal norte-americano.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no passado domingo que vários empresários russos, incluindo Abramovich, se tinham oferecido para ajudar a Ucrânia.
O Wall Street Journal revelou, na semana passada, que o Presidente ucraniano tinha pedido ao chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, para não sancionar Abramovich, argumentando que o magnata pode participar nas negociações de paz.
O bilionário russo não está na lista dos "oligarcas" sancionados por Washington.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos, incluindo 90 crianças, e 1.650 feridos, dos quais 118 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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