Wolters não descartou esta possibilidade numa audição na Comissão das Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos da América (EUA), onde explicou as medidas que foram tomadas para combater a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Em resposta a uma pergunta do senador republicano Roger Wicker sobre se houve alguma "falha" dos serviços de informação que tenha motivado os EUA a sobrestimar a Rússia e a subestimar a Ucrânia, Wolters respondeu que "poderia haver".
"Como sempre fizemos no passado, quando esta crise acabar, vamos fazer uma revisão global para descobrir onde estão os nossos pontos fracos e garantir que encontramos uma maneira de melhorar", declarou Wolters.
As declarações coincidem com uma aparente contenção do avanço das tropas russas na invasão da Ucrânia, levando os ucranianos a recuperarem terreno a leste de Kiev.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, das quais mais de 3,9 milhões para países vizinhos, e a ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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