Bálticos e nórdicos contra cessar-fogo sem paz "duradoura e justa"

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Estónia, Lituânia, Suécia e Letónia consideraram hoje que acordar um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia sem negociar uma paz "duradoura e justa" seria um "erro fatal".

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Lusa
24/02/2025 12:19 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

Numa declaração conjunta à chegada para uma reunião ministerial em Bruxelas, capital da Bélgica e sede das principais instituições da União Europeia (UE), os governantes consideraram que qualquer acordo que fique pela metade dará tempo ao Kremlin de se reorganizar e repetir a invasão que hoje cumpre o terceiro aniversário.

 

"O cessar-fogo, na nossa opinião, seria um erro fatal neste momento. Apenas daria a [Presidente russo, Vladimir] Putin a oportunidade de recuperar, rearmar-se, reforçar-se e voltar a invadir a Ucrânia", sustentaram os ministros.

Em simultâneo, os governantes disseram que pode estar em causa "qualquer outro objetivo" no continente europeu.

"Por isso, precisamos de permanecer fortes e de continuar a procurar uma solução duradoura e justa", disse, em nome deste bloco de países, o ministro lituano dos Negócios Estrangeiros, Kestutis Budrys.

A Finlândia também fez parte desta declaração conjunta, mas devido a um atraso, o ministro finlandês não pôde estar presente.

Na ótica destes seis países, a UE devia aumentar o apoio político-militar à Ucrânia e, para isso, devia começar por utilizar os mais de 300 milhões de bens russos congelados.

Os ministros dos 27 países do bloco comunitário, incluindo o português Paulo Rangel, participaram numa cerimónia simbólica, permanecendo em silêncio por um minuto, enquanto soavam as mesmas sirenes que a população ucraniana ouve cada vez que os mísseis ou outros projéteis russos atingem áreas residenciais.

Há precisamente três anos, em 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia foi invadida pela Rússia. A ofensiva militar inicial de Moscovo chegou quase à capital e permaneceu nos arredores de Kiev durante as primeiras semanas. As Forças Armadas ucranianas conseguiram repelir esta ofensiva e fazê-la recuar, mas, entretanto, a Federação Russa já tinha ocupado partes substanciais das regiões do Donetsk e Lugansk (também ocupa desde 2014 a península da Crimeia).

A guerra degenerou num conflito de atrito, com poucos avanços e recuos de ambas a partes, enquanto a Ucrânia tem insistido nos pedidos de mais armamento, nomeadamente munições, sistemas de defesa antiaérea, aeronaves de combate, e insistido no pedido para aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Os países da União Europeia avançaram com a promessa de garantias de segurança para a Ucrânia, mas os Estados Unidos da América, sob a liderança do republicano Donald Trump avançram com negociações unilaterais com a Rússia, sem incluir a Ucrânia ou a UE.

Leia Também: Reforçada segurança dos cabos submarinos da UE após perturbações russas

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