A Amnistia Internacional publicou esta terça-feira o seu relatório de direitos humanos anual, e no documento a maior organização de direitos humanos do mundo alerta para ataques de género na Ucrânia e contra jornalistas.
A organização afirma mesmo, citada pela Sky News, que "a impunidade sobre a tortura" contra pessoas da comunidade LGBT+ na Ucrânia "permaneceu endémica".
"A violência à base de género continuou a ser geral, apesar da nova lei remover obstáculos para julgar militares e polícias por violência doméstica. Ataques homofóbicos a grupos lutando contra a discriminação e a violência continuou", aponta o relatório.
If governments won’t build back better, we must fight their every attempt to muzzle our voices and stand up to their every betrayal.
— Amnesty International (@amnesty) March 29, 2022
In 2022, we must build global solidarity, even if our leaders won’t.
More on our annual human rights report: https://t.co/Kdy6ey70uv
Outro ponto importante no relatório são os ataques a jornalistas, sobre os quais a Amnistia Internacional refere que a investigação destes ataques "foi lento e muitas vezes ineficaz".
"A perseguição a oposição e defensores de direitos humanos na Crimeia ocupada continuou. Violações da lei humanitária internacional pelos dois lados na Ucrânia de leste continuam sem investigação", rematou.
A guerra já provocou a morte de pelo menos 1.179 civis, segundo os dados da Organização das Nações Unidas, que estima que o valor real seja bastante superior. Já morreram vários jornalistas, tanto ucranianos como estrangeiros, a cobrir a invasão russa.
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