ONU convida todas as fações iemenitas a participar nas conversas em Riade

O enviado da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, saudou o diálogo intra-iemenita que começou hoje em Riade, na Arábia Saudita, sob os auspícios do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), e convidou todos os grupos iemenitas a participar.

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Lusa
30/03/2022 15:40 ‧ 30/03/2022 por Lusa

Mundo

Iémen

"As Nações Unidas apreciam os esforços do GCC para colocar um fim no sofrimento no Iémen (...). Congratulo-me com todas as iniciativas diplomáticas que apoiam os esforços da ONU para retomar o processo político", disse Grundberg, na sessão de abertura das conversações.

"Precisamos de todos os esforços para chegar a uma solução abrangente", acrescentou Grundberg, pedindo a todas as partes que participem nas "consultas" intra-iemenitas convocadas pelo GCC a partir de hoje e até 07 de abril.

O enviado da ONU também expressou esperança em que se chegue a um ponto que permita "retomar as negociações para que os iemenitas possam viver juntos e alcançar a reconciliação nacional" no Iémen.

Os rebeldes Huthis -- apoiados pelo Irão e que têm controlado importantes cidades do norte e noroeste do Iémen, incluindo Sanaa -, não participam nestas consultas, alegando que não estão a ser realizadas num país neutro.

O Iémen tornou-se palco de uma guerra em finais de 2014 entre os rebeldes xiitas Huthis e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que em março de 2015 seria apoiado por uma coligação militar internacional árabe, liderada pela Arábia Saudita.

O enviado da ONU lembrou ainda que "o processo de paz no Iémen está suspenso há muito tempo" e que a última vez que os iemenitas se encontraram foi em 2016, no Koweit, lamentando que o conflito tenha causado "grandes perdas".

"O povo do Iémen precisa de tréguas (...) especialmente durante o mês do Ramadão", que começa no início de abril, acrescentou Grundeberg, que elogiou como "passo positivo" a decisão da coligação militar árabe de interromper as operações militares no Iémen, a partir desta manhã.

A ONU considera que esta guerra, que causou mais de 100 mil mortos, sobretudo civis, provocou uma das piores crises humanitárias do mundo.

Leia Também: Secretário-geral da ONU condena "recentes ataques terroristas" em Israel

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