"A invasão da Ucrânia pela Rússia é um ataque brutal a um país livre e a um povo inocente, que está a ser submetido a um sofrimento inimaginável", disse Støre, citado em comunicado, após uma conversa com o líder russo.
O governante assegura ter exortado Putin "a encerrar as hostilidades na Ucrânia, a retirar as forças russas e a garantir o acesso humanitário", numa conversa que terá durado cerca de uma hora.
O Governo de Oslo refere que a conversa, o primeiro contacto oficial conhecido desde o início da invasão à Ucrânia, ocorreu "após uma consulta aos aliados nórdicos, americanos e europeus".
A Noruega, país membro da NATO, faz fronteira com a Rússia e habitualmente mantém boas relações com Moscovo, apesar de ter havido um distanciamento após a anexação russa da península da Crimeia, em 2014.
Apesar de não ser membro da União Europeia (UE), a Noruega impôs à Rússia sanções idênticas às adotadas pelos 27, na sequência da invasão à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
Na quarta-feira, Støre falou com o seu homologo ucraniano, Denys Chmygal, e no mesmo dia o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu à Noruega, o segundo maior fornecedor de gás natural à Europa a seguir à Rússia, que forneça mais energia ao seu país e à UE.
Durante um discurso por videoconferência perante o parlamento norueguês (Storting), Zelensky também defendeu que os navios russos "não deveriam ter o direito de usar os portos do mundo livre".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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