Com o avançar da guerra, o comportamento do presidente russo, Vladimir Putin, é esmiuçado ao detalhe. Não é, por isso, de estranhar que uma empresa japonesa, a Risk Measurement Technologies - focada em consultoria empresarial e com um programa recente para mudanças de saúde mental - se tenha debruçado sobre o caso do líder russo.
Através do recente programa - “Mind Health Measurement System” - a empresa de Kanji Okazaki analisou 1 hora e 19 minutos de amostras de voz do presidente russo em discursos entre 1 de fevereiro, pré-invasão, e 18 de março, quase um mês após o início da invasão russa na Ucrânia.
A conclusão foi de que os níveis de stress do presidente tornaram-se elevados a partir dos dias anteriores à invasão e aumentaram acentuadamente no início de março, quando Moscovo respondeu ao cerco do Ocidente à Rússia com as sanções aplicadas ao país por Putin liderado.
"Podemos conjeturar que ele estava num estado de instabilidade psicológica", disse o chefe da Risk Measurement, Kanji Okazaki, em referência durante a uma reunião de 21 de fevereiro do Conselho de Segurança da Federação Russa, três dias antes da ofensiva militar ser lançada.
Estas amostras recentes foram analisadas com base em outras mais antigas na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2020.
Os níveis de stress baixaram no dia em que a invasão russa começou. A 10 de março, esse baixo stress inverteu-se com os relatos de que a guerra não estava a correr conforme Putin esperava.
Os níveis de stress, observou a empresa de Okazaki, detetados na voz do líder russo estavam 40% acima da linha de base (na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2020).
Recorde-se de que há relatos de que a saúde de Vladimir Putin possa ser um dos fatores a pesar no comportamento do chefe de Estado russo. Putin é acompanhado com frequência por um médico especializado em oncologia, cujos trabalhos se focaram, ao longo da sua carreira, em cancro da tiroide.
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