Este domingo somam-se 39 dias de guerra e um total de 1.325 civis mortos, dos quais 120 crianças. Números contabilizados pela ONU e que serão ainda inferiores ao número real de vítimas da guerra iniciada pela Rússia a 24 de fevereiro.
Este sábado foram acordados sete corredores humanitários no país, e para hoje a Rússia já veio anunciar que irá ajudar na retirada de pessoas da cidade de Mariupol, uma das mais visadas no conflito.
Enquanto isso, prosseguem as negociações entre os dois países. Contudo, se por um lado o principal negociador da Ucrânia, David Arakhamia, diz que Moscovo aceitou "oralmente" as principais propostas ucranianas, acrescentando que Kyiv aguarda agora confirmação por escrito; já porta voz do Kremlin, Dmitry Peskov, diz que as conversações não têm sido fáceis, porque a Ucrânia tem sido "hostil".
Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:
15h45 - Este registo termina aqui. Mas pode continuar a seguir a nossa cobertura AO MINUTO sobre a guerra na Ucrânia aqui.
15h35 - Violência em Bucha é "um murro no estômago" e "deve parar", diz Blinken
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou hoje que a violência atribuída às forças russas em Bucha, na região de Kiev, é "um murro no estômago" e "deve parar".
15h30 - Imagens de Bucha são "intoleráveis", diz Macron
O Presidente francês Emmanuel Macron descreveu as imagens de Bucha como "intoleráveis". Macron partilhou a sua compaixão pelos ucranianos e pelas vítimas, acrescentando: "As autoridades russas terão de responder por estes crimes".
Les images qui nous parviennent de Boutcha, ville libérée près de Kiev, sont insoutenables. Dans les rues, des centaines de civils lâchement assassinés. Ma compassion pour les victimes, ma solidarité avec les Ukrainiens. Les autorités russes devront répondre de ces crimes.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) April 3, 2022
15h20 - Nuno Melo solidário com povo ucraniano quer reforço da defesa europeia
O novo presidente do CDS-PP, Nuno Melo, defendeu hoje que a invasão da Ucrânia pela Rússia impõe "lições" aos países ocidentais, como a necessidade do reforço da defesa europeia e do "vínculo defensivo" com os EUA.
15h00 - Assessor de Zelensky condena ataques deliberados
Um conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pronunciou-se sobre os ataques a Bucha, referindo-se a eles como crimes de guerra.
"A declaração de hoje será dedicada ao mundo para prestar atenção aos crimes de guerra, crimes contra a humanidade que foram conduzidos pelos militares russos em Bucha, Irpin e Hostomel", disse Oleksiy Arestovych, referindo-se a áreas recentemente libertadas do controlo russo.
"Estas cidades libertadas representam cenas de filmes de terror, cenas pós-apocalípticas", atirou.
14h30 - Cinquenta e sete corpos encontrados numa vala comum em Bucha
Os corpos de 57 pessoas foram encontrados numa vala comum na cidade de Busha, recapturada recentemente pelos ucranianos ao exército russo, afirmou o chefe da proteção civil local à agência France-Presse.
14h14 - Kremlin diz ser "impossível" isolar a Rússia no mundo contemporâneo
O Kremlin declarou hoje ser "impossível" isolar a Rússia no mundo contemporâneo, quando o país é alvo de uma série de sanções ocidentais sem precedentes devido à invasão russa na Ucrânia.
13h40 - Ministra britânica exige inquérito por crimes de guerra
A ministra britânica dos negócios Estrangeiros, Liz Truss, denunciou hoje os "atos revoltantes" cometidos pelo exército russo contra civis na Ucrânia, nomeadamente em Busha, na região de Kiev, e exigiu a realização de um "inquérito por crimes de guerra".
13h31 - Autoridades ucranianas denunciam "massacre deliberado" em Busha
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, denunciou hoje um "massacre deliberado" na cidade de Busha, recapturada recentemente pelos ucranianos ao exército russo, onde muitos cadáveres foram descobertos.
13h27 - Kremlin avisa que sanções põem em causa a fiabilidade do dólar e do euro
O porta-voz do Kremlin avisou hoje que política de sanções do ocidente à Rússia está a acelerar o processo de erosão da confiança nas reservas cambiais em todo o mundo e a pôr em causa a fiabilidade do dólar e do euro.
13h12 - Presidente da Câmara de Kyiv classifica de "genocídio" execuções em Busha
O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, classificou hoje de "genocídio" as alegadas execuções sumárias de várias centenas de civis no subúrbio de Busha e noutras áreas a norte da capital ucraniana.
13h00 - Alemanha pede reforço das sanções económicas contra a Rússia
O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, pediu hoje o reforço das sanções económicas contra a Rússia, após um "terrível crime de guerra" que ocorreu em Boutcha, na Ucrânia.
12h55 - Autoridades ucranianas confirmam destruição da maior refinaria
As forças russas destruíram no sábado a refinaria de Kremenchuk, no centro da Ucrânia e a maior do país, bem como os tanques de combustível e lubrificantes que cercam a refinaria, divulgou hoje a agência de notícias polaca PAP.
12h40 - Von der Leyen pede investigação a crimes de guerra
"Uma investigação independente é necessária com urgência", escreveu a presidente da Comissão Europeia no Twitter, afirmando que os responsáveis terão de ser "responsabilizados".
Appalled by reports of unspeakable horrors in areas from which Russia is withdrawing.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) April 3, 2022
An independent investigation is urgently needed.
Perpetrators of war crimes will be held accountable.
12h31 - Porto de Mykolaiv atingido por 'rockets' russos
O porto de Mikolaiv, situado junto ao Mar Negro, na Ucrânia, foram atingidos por rockets russos. A informação é avançada pela Reuters, com base em dados de um assessor do ministro da Defesa do país.
Recorde-se que as forças russas atingiram vários portos meridionais da Ucrânia, numa tentativa de a isolar do Mar Negro e de criar um corredor terrestre entre a Crimeia e as áreas controladas pelos separatistas.
12h20 - Número de refugiados atinge os 4,7 milhões
A guerra na Ucrânia causou já 4,17 milhões de refugiados, de acordo com números atualizados diariamente pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), adiantou hoje a agência Efe.
12h15 - Presidente do Conselho Europeu denuncia "atrocidades" em Bucha
O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, acusou hoje o exército russo de cometer "atrocidades" na região de Kiev e pediu mais sanções contra Moscovo.
12h10 - Papa apela à paz na Ucrânia e recorda "tragédia humanitária"
O Papa Francisco apelou hoje à paz na Ucrânia, lembrando os que estão "sob os bombardeamentos desta guerra sacrílega", após a missa que celebrou para 20 mil pessoas em Floriana, no segundo dia da sua visita a Malta.
12h05 - Governo diz que 11 dirigentes locais continuam em cativeiro
A vice-primeira-ministra ucraniana disse hoje que 11 dirigentes locais permanecem em cativeiro, após terem sido sequestrados pelas tropas russas.
"Até hoje, 11 chefes das administrações locais das regiões de Kyiv, Kherson, Kharkiv, Zaporozhye, Mykolaiv e Donetsk estão em cativeiro", referiu Iryna Verechtchouk, através de um vídeo publicado no Telegram.
11h55 - Ouvidas explosões em cidade russa, junto à fronteira com a Ucrânia
Duas explosões foram ouvidas, esta manhã, na cidade russa de Belgorod. As explosões foram relatadas por duas testemunhas à Reuters, não se sabendo ainda a origem das mesmas.
Recorde-se que as forças russas já haviam afirmado que a cidade, que fica junto à fronteira com a Ucrânia, tinha sido alvo dos militares ucranianos, tendo um depósito de combustível sido a tingido por misseis aéreos. O ataque - o primeiro deste tipo, se for confirmado que foi mesmo realizado pela Força Aérea ucraniana - ocorre quando a Rússia afirma repetidamente ter o controlo total do espaço aéreo na Ucrânia.
11h35 - Polónia disponível para acolher armas nucleares americanas
A Polónia está disponível para acolher armas nucleares americanas face à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, afirmou o vice-primeiro ministro polaco Jaroslaw Kaczynski, que defendeu também um reforço de tropas naquele país.
11h15 - Soldado ergue bandeira da Ucrânia em Chernobyl após saída de russos
Um soldado ucraniano foi fotografado, este sábado, a erguer a bandeira do seu país em Chernobyl, depois de as tropas russas terem abandonado a central nuclear. As autoridades do país confirmaram na manhã de sábado que a região de Pripiat estava novamente sob controlo ucraniano.
Historic.
— Illia Ponomarenko 🇺🇦 (@IAPonomarenko) April 3, 2022
Ukrainian airborne units regain control of the Chernobyl.
Note the April weather now pic.twitter.com/Cg0GfWnu6n
11h05 - Exército russo assume ataque à refinaria em Odessa
O Exército russo assumiu o ataque realizado hoje a uma refinaria na região de Odessa, que supostamente abastecia as tropas ucranianas em Mikolaiv, declarou o Ministério da Defesa russo.
10h50 - Rússia constata lento cumprimento dos acordos de Istambul por Kyiv
O chefe do grupo de negociações russo afirmou hoje que a Ucrânia está a cumprir lentamente os acordos já alcançados entre as duas nações em Istambul, mas elogiou uma postura "mais realista" de Kyiv face à ideia de estado neutro.
10h45 - Human Rights Watch denuncia aparentes crimes de guerra no país
A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje que em zonas da Ucrânia sob controlo da Rússia foram cometidas "execuções sumárias" e "outros abusos graves" que podem configurar crimes de guerra.
10h38 - Boris Johnson felicita Zelensky
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, felicitou o presidente ucraniano pelo retrocesso das tropas russas em várias cidades da Ucrânia, como Kyiv. Os dois governantes estiveram à conversa por telefone, dá conta Downing Street, referindo que o britânico reconheceu o grande sofrimento dos civis ucranianos e os "grandes desafios" que anda existem na Ucrânia.
This evening I spoke to President @ZelenskyyUa. I congratulated his brave armed forces for pushing back Russia’s invading army, but recognise the huge challenges they face and terrible suffering being inflicted on Ukraine’s civilians. 1/2
— Boris Johnson (@BorisJohnson) April 2, 2022
10h21 - Fumo negro 'envolve' Odessa após ataques desta manhã
Cidade Portuária atacada esta manhã, está agora envolta em fumo negro. Veja aqui as imagens da cidade
Cidade de Odessa foi hoje atacada© Getty
10h08 - Rússia mantém bloqueado acesso ucraniano ao Mar Negro e ao Mar de Azov
As forças navais russas mantêm bloqueado o acesso da Ucrânia ao Mar Negro e ao Mar de Azov, impedindo o reabastecimento do país por via marítima, refere um relatório de hoje do Ministério da Defesa britânico, avança a Efe.
09h53 - Refinaria de Odessa é atacada com mísseis, não há relato de vítimas
Uma refinaria na cidade ucraniana de Odessa, no sul do país, foi atacada por mísseis russos na manhã de hoje, mas não há relato de vítimas, de acordo com os militares ucranianos.
09h45 - Ucraniana de 13 anos sobrevive a estilhaço no cérebro após explosão
Uma ucraniana de 13 anos sobreviveu, milagrosamente a uma explosão na aldeia onde vive, no sul da Ucrânia, no mês passado. Sophie ficou um um estilhaço do tamanho de um amendoim preso no cérebro, mas estará a recuperar num hospital na capital do país, em Kyiv.
The schoolgirl was left with a piece of shrapnel the size of a peanut embedded in her brain following a Russian attack on her village in southern Ukraine last month https://t.co/5QpYxvOF8N
— Sky News (@SkyNews) April 3, 2022
09h33 - MNE grego deve deslocar-se "muito em breve" a Odessa
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia, Nikos Dendias, deverá deslocar-se "muito em breve" a Odessa, o principal porto ucraniano no Mar Negro bombardeado na manhã de hoje pelas forças russas, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros grego.
09h30 - Equipa da Cruz Vermelha a caminho de Mariupol em situação 'volátil'
Uma missão do Comité Internacional da Cruz Vermelha dirige-se para a cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia. Um porta-voz da organização disse à SkyNews que a equipa está "a caminho" mas que a "situação no terreno é volátil e sujeita a rápidas mudanças".
Cerca de 700 pessoas foram evacuadas de Mariupol ontem, depois de a Cruz Vermelha ter feito outra tentativa de chegar aos civis. Recorde-se que, no dia anterior, a equipa teve de voltar para trás por a situação ser demasiado perigosa.
09h20 - Papa pede bondade para com os refugiados durante visita a Malta
O Papa Francisco pediu mais bondade e compaixão para com os refugiados, durante um encontro com migrantes que, tal como o apóstolo Paulo, hoje homenageado, chegaram à ilha mediterrânica e foram acolhidos.
08h30 - Desapontada com a UE, Ucrânia luta por valores europeus, comenta analista
O analista ucraniano Serhiy Harmash considera que a Ucrânia está desapontada com o comportamento da União Europeia e defende que o país está mais a lutar por viver com valores europeus do que pela integração do país.
08h15- Negociações prosseguem esta segunda-feira
A Rússia e Ucrânia retomarão as conversações esta segunda-feira. A informação é avançada pelo ex-ministro da cultura russo, Vladimir Medinsky, chefe da delegação do Kremlin. O responsável lembrou à Reuters que a posição da Rússia sobre a Crimeia e Donbas não mudou e sublinhou que o diálogo não progrediu o suficiente para organizar uma reunião entre os presidentes dos dois países.
08h00 - Explosões em Odessa não fizeram vítimas
De acordo com um conselheiro ucraniano, as explosões ouvidas esta manhã em Odessa não fizeram quaisquer feridos ou vítimas mortais. As informações são ainda provisórias, sublinha o responsável, citado pela SkyNews.
07h55 - Pedido de casamento lembra que 'O amor vence sempre'... mesmo em guerra
Com o eclodir da guerra, muitos têm sido os casais ucranianos que decidiram dar um passo em frente nas suas relações. Se por um lado, seria expetável que o receio do futuro levasse os ucranianos a estagnarem a sua vida e os seus projetos futuros, a verdade é que a incerteza do que o futuro lhes reserva tem servido também como um fator motivador para tomarem atitudes que não seriam esperadas. Este é um deles:
Love always wins!
— MFA of Ukraine 🇺🇦 (@MFA_Ukraine) April 2, 2022
Odesa, Ukraine pic.twitter.com/bW4NH684hc
07h40 - "Putin é o maior estímulo para ganharmos esta guerra", diz analista
O analista ucraniano Serhiy Harmash considera que a política de Vladimir Putin, é "o maior estímulo" para os ucranianos combaterem a invasão russa, salientando que o país está hoje mais bem preparado para resistir do que há oito anos.
"Se Putin começasse uma guerra global em 2014 nós teríamos perdido", afirmou à Lusa o analista e diretor do site Ostro V, recordando o momento em que a Rússia ocupou a península da Crimeia. Desde então, "os oitos anos de guerra deram-nos experiência e nós melhorámos", completa.
07h20 - Bandeiras feitas em centro de deficientes promovem patriotismo
O internato feminino de deficientes de Odessa, no sul da Ucrânia, transformou-se num centro de produção de bandeiras e balaclavas (passa-montanhas) para os milhares de postos de controlo que garantem a segurança interna em plena invasão russa.
07h14 - Três fortes explosões registadas em Odessa
A cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, registou ao início da manhã fortes explosões, sendo possível observar três grandes nuvens de fumo negro numa área onde se armazena o combustível.
07h12 - Rússia oferece ajuda para retirada de estrangeiros em Mariupol
A Rússia oferecerá ajuda na retirada de cidadãos estrangeiros da cidade ucraniana de Mariupol, disse hoje um porta-voz do Ministério da Defesa russo, citado pela agência noticiosa oficial Tass.
07h10 - Bom dia, damos agora início a um novo acompanhamento da situação na Ucrânia. Recorde os acontecimentos anteriores aqui.
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