França disponibiliza meios para apoiar investigações aos massacres russos
A França vai disponibilizar recursos humanos e financeiros para apoiar as investigações aos massacres atribuídos aos militares russos na Ucrânia, anunciou na noite de hoje a Presidência francesa, após uma reunião entre Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky.
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Mundo Ucrânia/Rússia
Referindo-se ao "choque e à emoção sentidos em França pelas imagens de crimes cometidos em Bucha e noutros locais", Emmanuel Macron enalteceu a prontidão do seu país "para apoiar a justiça internacional e contribuir para o trabalho de investigação e documentação da violência contra civis, para responsabilizar a Rússia".
Paris oferece "uma contribuição financeira excecional de 490.000 euros para o trabalho do Tribunal Penal Internacional [TPI] e antecipou o pagamento da sua contribuição anual de 13 milhões de euros".
"Também se ofereceu para colocar à disposição do TPI dois magistrados e 10 guardas", indicou o Palácio do Eliseu num comunicado.
A França também se propôs a enviar "uma equipa técnica para examinar as provas dos crimes cometidos" na Ucrânia.
Vários países europeus, incluindo Portugal, anunciaram, entre hoje e segunda-feira, a expulsão de em massa de diplomatas russos dos seus países, depois de terem sido descobertos no passado fim de semana massacres atribuídos a militares russos em Bucha (noroeste de Kiev), numa altura em que o Ocidente se prepara para anunciar novas sanções económicas contra a Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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