No seu relatório diário de vítimas civis confirmadas desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de quinta-feira (hora local), 132 crianças entre os mortos e 197 entre os feridos.
A Alto-Comissariado da ONU acredita que estes dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques constantes não permitem recolher e confirmar a informação.
"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com um amplo raio de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de 'rockets' e ataques aéreos e de mísseis", refere ainda o ACNUDH.
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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