O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou, na tarde desta sexta-feira, o ataque russo à estação ferroviária de Kramatorsk, a leste na Ucrânia, onde morreram pelo menos 50 pessoas entre cerca de quatro mil que aguardavam para fugir do país.
Numa conferência de imprensa ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, em Downing Street, Johnson falou em "horror e repulsa" pela "brutalidade lançada" sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro do Reino Unido também considerou que o ataque demonstrou "as profundezas nas quais o exército de Putin se afundou".
"É um crime de guerra atacar indiscriminadamente civis e os crimes na Ucrânia não ficarão impunes", garantiu Johnson.
Sobre Vladimir Putin, Boris Johnson disse que Putin "tem de cair", ecoando o discurso de Joe Biden na Polónia, no início de abril, quando presidente dos Estados Unidos pediu a saída de Putin do Kremlin.
O líder britânico, aproveitando a presença de Scholz, elogiou também os esforços da União Europeia rumo ao fim da dependência da energia russa, começando com o embargo ao carvão russo.
"Isto não é fácil para nenhum de nós e eu aplaudo as decisões sísmicas tomadas pelo governo do Olaf para encaminhar a Alemanha para fora da energia russa", salientou
Durante a conferência de imprensa, Johnson anunciou que o Reino Unido vai enviar mais 100 milhões de libras (120 milhões de euros) em armamento para a Ucrânia, além de proteção militar. Para o também líder do Partido Conservador britânico, defender a Ucrânia é também uma defesa do continente europeu.
"A Europa que conhecíamos há seis semanas já não existe. A invasão de Putin ataca todas as fundações da segurança do nosso continente, mas a sua ambição para nos dividir falhou. Pelo contrário, ele teve sucesso em unir a Europa e toda a aliança transatlântica no apoio à Ucrânia", rematou o primeiro-ministro.
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