O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, revelou, este sábado, que o Reino Unido vai enviar mais 120 veículos blindados e sistemas de mísseis antinavio para a Ucrânia e elogiou a resistência das forças armadas e do povo daquele país.
Na sequência da visita surpresa de Boris Johnson a Kyiv, Downing Street divulgou um comunicado, no qual o primeiro-ministro britânico diz que foi um privilégio conhecer o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “pessoalmente”. Na mesma nota, Boris Johnson considerou que a Ucrânia conseguiu “o maior feito militar do século XXI” ao afastar as forças russas da capital.
"É um privilégio poder viajar para a Ucrânia e conhecer o presidente Zelensky pessoalmente em Kyiv”, lê-se.
"A Ucrânia desafiou as probabilidades e afastou as forças russas dos portões de Kyiv, alcançando o maior feito militar do século XXI”, elogiou, atribuindo depois à liderança do presidente ucraniano e ao “heroísmo e coragem do povo” as falhas nos “objetivos monstruosos” do presidente russo, Vladimir Putin.
“Deixei claro hoje que o Reino Unido está inabalavelmente com eles nesta luta em andamento, e estamos nisto a longo prazo (…) Estamos a intensificar o nosso próprio apoio militar e económico e a convocar uma aliança global para encerrar esta tragédia e garantir que a Ucrânia sobrevive e prospera como uma nação livre e soberana”, completou.
Sublinhe-se que, durante o encontro, Boris Johnson anunciou uma nova rubrica de financiamento de 500 milhões de dólares (cerca de 450 milhões de euros) para a Ucrânia através do Banco Mundial, o que eleva o montante total de fundos comprometidos por esse meio para 1.000 milhões de dólares (cerca de 910 milhões de euros).
A ajuda financeira, ainda sujeita à aprovação do Parlamento britânico, pretende "continuar a manter os serviços humanitários vitais em funcionamento".
Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia no passado dia 24 de fevereiro. Desde o início da guerra, já morreram pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas ser muito maior.
[Notícia atualizada às 19h08]
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