Um porta-voz das milícias separatistas de Donetsk disse, citado pela imprensa russa, que o funcionamento da missão da OSCE foi considerado ilegal no território da autoproclamada república e a presença dos seus membros indesejada.
Os elementos da missão de observação para a Ucrânia têm até 30 de abril para abandonar a região.
A OSCE tem entre os seus membros países da Europa, incluindo Portugal e outros estados da União Europeia, bem como países da Ásia Central e da América do Norte (Estados Unidos e Canadá). Rússia e Ucrânia fazem parte da organização.
Uns dias antes da invasão da Ucrânia, a Rússia reconheceu a independência de Donetsk e Lugansk e enviou tropas para as duas regiões separatistas pró-russas do leste ucraniano.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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