Deputados federais do Brasil solicitaram ao ministério público que investigue a aquisição pelas forças armadas do país de mais de 35 mil doses de Viagra.
“Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está a gastar dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam com frequência falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crónicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação”, afirma Elias Vaz.
Marcelo Freixo e Elias Vaz, ambos do Partido Socialista Brasileiro (PSB), dizem ter encontrado indícios de sobrefaturamento de 143% nas compras.
O ministério da Defesa já reagiu e disse que o remédio serve também para tratar problemas de hipertensão e que o processo de licitação obedeceu a critérios legais. O remédio é usado, sobretudo, para tratar disfunção erétil. "A aquisição de sildenafila [nome técnico do Viagra] visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)", pode ler-se no comunicado.
O maior volume, 28.320 comprimidos, é destinado à Marinha. Os medicamentos também chegam ao Exército, com 5.000 comprimidos, e à Aeronáutica, com 2.000 comprimidos.
A Marinha também reagiu: "Trata-se de doença grave e progressiva que pode levar à morte", escreveu a assessoria de comunicação da força naval.
Leia Também: Lula da Silva fala sobre aborto e provoca reação de adversários no Brasil
