Moscovo rejeita que a sua "operação militar especial" na Ucrânia, iniciada há 50 dias, a 24 de fevereiro, tenha consequências sobre a fome no mundo.
"O conflito ucraniano está a perturbar os mercados de bens alimentares", afirma, no entanto, a ONU em comunicado, anunciando a disponibilização de "100 milhões de dólares (92,3 milhões de euros) para combater a fome".
"As consequências do conflito na Ucrânia ameaçam empurrar milhões de pessoas para ainda mais perto da fome", sublinha a organização.
Do montante total, 14 milhões irão para a Somália, 12 milhões para a Etiópia, 4 milhões para o Quénia, 20 milhões para o Sudão, 15 milhões para o Sudão do Sul, 15 milhões para a Nigéria e 20 milhões para o Iémen.
O dinheiro permitirá às agências especializadas das Nações Unidas e aos seus parceiros fornecer alimentos essenciais, dinheiro e outros recursos, como serviços médicos, abrigos e água potável, precisa o comunicado da ONU.
A disponibilização destas verbas "salvará vidas", afirmou o secretário-geral-adjunto da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
"Centenas de milhares de crianças vão para a cama com fome todas as noites, enquanto os seus pais se preocupam sem saber como alimentá-las. Uma guerra do outro lado do mundo torna as suas perspetivas ainda piores", observou.
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