"Escolham a vida". Governador de Lugansk pede à população para fugir
A região de Lugansk é uma das mais disputadas entre separatistas russos e o governo central ucraniano.
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Mundo Ucrânia
O governador da região de Lugansk, uma das repúblicas separatistas disputadas no leste da Ucrânia e reivindicadas pela Rússia, apelou à população de seis cidades para sair o mais rapidamente possível e fugir em direção a oeste.
Através do Telegram, citado pela Sky News, o governador Serhiy Gaidai disse às pessoas para "não hesitar enquanto existir essa possibilidade.
"Escolham a vida. Há autocarros à vossa espera em pontos de encontro, assim como comboios que chegue", afirmou Gaidai.
O apelo do governador ucraniano surge depois de um ataque na vila de Kreminna na noite de quinta-feira, que matou uma pessoa, e quatro ataques a zonas residenciais em Lysychansk, resultando na morte de duas pessoas.
Várias agências de inteligência internacionais avisaram que a ofensiva russa irá focar-se na região do Donbass, depois do fracasso em cercar a cidade de Kyiv - uma derrota que deixou um rasto de destruição nas vilas e redondezas em torno da capital ucraniana.
Um dos principais pontos de fuga dos cidadãos das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk era a estação de comboios, até esta ser atacada pelos russos no início da semana, num ataque que resultou em dezenas de mortos e numa onda de condenações por governos do mundo inteiro.
A guerra na Ucrânia já fez quase 2.000 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. A ONU alerta, no entanto, que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em regiões cercadas ou bombardeadas pelos russos.
Já o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados aponta para mais de 4,7 milhões de refugiados, com a grande maioria a fugir para a Polónia.
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