"Obrigado caros amigos, caros compatriotas". Foi com um agradecimento que Emmanuel Macron começou o seu discurso de vitória nas presidenciais francesas. Eleito para os próximos cinco anos, o centrista afirmou querer "a França como uma grande nação ecológica".
O presidente francês reeleito prometeu responder "à raiva" de quem votou na extrema-direita, levando em conta "as suas dificuldades", assim como a quem votou nele para travar Marine Le Pen.
"A partir deste momento já não sou o candidato de um campo, sou o Presidente de todos. Sei que para muitos dos nossas compatriotas que hoje escolheram a extrema-direita, a raiva e o desacordo que os levaram a votar pela extrema-direita deve encontrar uma resposta. É essa a minha responsabilidade", disse Macron no seu discurso de vitória, em frente à Torre Eiffel, num ambiente longe da euforia de 2017.
"Sei também que um grande número dos nossos compatriotas votaram hoje por mim, não por me apoiarem, mas para fazerem barreira à extrema-direita. E quero dizer-lhes que tenho consciência da minha dívida nos próximos anos", afirmou o Presidente francês.
"Atravessamos tempos trágicos e a França deve mostrar a clareza das suas escolhas", dissertou ainda o presidente reeleito, fazendo uma menção aos tempos que se vivem na Europa, nomeadamente a guerra na Ucrânia.
"Ninguém será deixado pelo caminho. Esta nova era não será a continuidade do mandato que acabou de terminar", assegurou Macron.
O centrista Emmanuel Macron foi hoje reeleito Presidente de França, obtendo entre 57,6% e 58,20% dos votos na segunda volta das eleições, contra 41,80% e 43% de Marine le Pen, a candidata de extrema-direita, segundo as primeiras projeções.
Em 2017, a primeira vez que os dois se enfrentaram nas eleições presidenciais, o centrista Emmanuel Macron venceu com 66,10% dos votos, contra 33,90% de Marine le Pen, ou seja com uma vantagem significativamente mais clara do que nas eleições de hoje.
[Notícia atualizada às 21h19]
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