"As tropas russas continuam a destruir sistematicamente as infraestruturas ferroviárias. Esta manhã, numa hora, cinco estações de comboio no centro e no oeste da Ucrânia foram atacadas", disse o diretor da empresa pública ucraniana de comboios, Oleksandr Kamyshin, numa publicação na rede social Telegram, citado pelas agências de notícias EFE e AP.
Pelo menos 16 comboios de passageiros tiveram de ser parados e "há baixas", estando a empresa a tentar "esclarecer a informação", ainda segundo Kamyshin.
O diretor da empresa acrescentou que três linhas ferroviárias do país estão sem eletricidade por causa dos bombardeamentos russos às subestações de energia.
Esta segunda-feira, a Rússia atacou também instalações de combustível na Ucrânia e destruiu uma refinaria de petróleo em Kremenchuk, no centro do país, segundo o porta-voz do Ministério da Defesa russo, o general Igor Konashenkov, citado pela AP.
Os aviões de guerra russos destruíram 56 alvos ucranianos durante a noite, assegurou Igor Konashenkov.
Do lado russo, um incêndio deflagrou hoje num grande depósito de combustível numa cidade perto da fronteira com a Ucrânia, anunciaram as autoridades locais, sem especificar as razões do fogo.
Segundo as agências de notícias russas citadas pela AFP, "o incêndio deflagrou no depósito de combustível Transneft Bryansk-Druzhba, em Bryansk", uma cidade localizada a 150 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, que serve como base logística à ofensiva militar de Moscovo naquele país.
De acordo com as primeiras informações, não há vítimas a registar.
Moscovo tem acusado repetidamente as forças ucranianas de atacarem em solo russo.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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