Os desfiles militares na Coreia do Norte, país que possui armas nucleares, são uma forma recorrente de assinalar datas importantes para o regime de Pyongyang.
Participam normalmente nestas paradas milhares de soldados, seguidos por um desfile de tanques e outros equipamentos militares. Costumam também ser expostos mísseis de longo alcance ou de alguma tecnologia que o regime quer exibir.
Os observadores internacionais seguem atentamente estes desfiles à procura de indícios de novo armamento desenvolvido pela Coreia do Norte.
O portal sul-coreano NK News noticiou que pelo menos 12 objetos iluminados, possivelmente drones ou helicópteros, foram identificados sobre o centro da capital da Coreia do Norte, indicando um desfile ou um treino militar.
Esperava-se que a Coreia do Norte demonstrasse o seu poder militar para marcar o 110.º aniversário do nascimento do fundador do regime atual, Kim Il Sung, avô do líder norte-coreano, Kim Jong Un, em 15 de abril, mas a data foi celebrada com um desfile civil.
De acordo com imagens de satélite, os preparativos para a parada militar de hoje têm estado em curso desde então, com milhares de soldados e dezenas de veículos a marchar em formação num campo de treino em Pyongyang.
Espera-se que este seja "o maior desfile militar de sempre", envolvendo cerca de 20.000 soldados e o equipamento norte-coreano mais avançado tecnologicamente, disse a agência noticiosa Yonhap, da Coreia do Sul, no fim de semana, citando várias fontes governamentais anónimas.
A Coreia do Norte já realizou mais de uma dúzia de testes de armas este ano, incluindo o disparo de um míssil balístico intercontinental.
Analistas norte-americanos e sul-coreanos advertiram que a Coreia do Norte poderia também retomar os testes nucleares, que não faz desde 2017, atendendo ao aumento da atividade detetada nos locais de testagem militar.
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