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'Sims' e suásticas. As (dúbias?) provas dos russos que atestam neonazismo

Segundo as autoridades, são vários itens encontrados que comprovam que os conspiradores eram neonazis ucranianos e planeavam minar o regime de Moscovo. Alguns meios apontam indícios de tudo ter sido fabricado.

'Sims' e suásticas. As (dúbias?) provas dos russos que atestam neonazismo
Notícias ao Minuto

09:10 - 27/04/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Durante uma reunião de segunda-feira no Gabinete do Procurador-Geral de Moscovo, o presidente russo Vladimir Putin anunciou detenções de pessoas acusadas de planear matar o proeminente jornalista da televisão estatal russa e o fervoroso apoiante de Putin, Vladimir Solovyov.

Vladimir Solovyev tem sido umas das principais vozes no apoio a Vladimir Putin, dando ênfase à narrativa de “operação militar especial”, utilizada pela Rússia para descrever a invasão à Ucrânia.

"Esta manhã, órgãos do FSB suspenderam as atividades de um grupo terrorista que planeava um ataque e um assassinato de um proeminente jornalista de televisão russo", declarou Putin, afirmando que a conspiração foi orquestrada por "altos funcionários diplomáticos na Europa e nos Estados Unidos" que se esforçam por dividir a sociedade russa e "destruir a Rússia a partir de dentro".

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) negou - nesse mesmo dia - as acusações feitas pelo presidente da Rússia.
 
"O SBU não tem planos de assassinar V. Solovyev", lê-se num comunicado da agência de inteligência ucraniana, divulgado no Telegram e citado pela Sky News. 

Num vídeo divulgado pelo FSB, é possível ver agentes russos a arrombar uma porta, a entrar na casa alegadamente ocupada pelos conspiradores e a detê-los com violência.

Segundo as autoridades, são vários itens encontrados que comprovam que os conspiradores eram neonazis ucranianos e planeavam minar o regime de Moscovo. T-shirts com a cruz suástica, um retrato de Hitler, uma arma automática, passaportes ucranianos no vídeo e até jogos Sims, é o que se encontra.

O jornal britânico The Telegraph, que analisa o vídeo aponta dois detalhes encontrados fazem levantar a possibilidade de tudo ter sido, na verdade, montado pelos próprios russos. Três cópias do videojogo The Sims pode ser  resultado de um agente ter interpretado mal uma indicação para lá colocar cartões de telecomunicações SIM - algo que faria mais sentido na hora de incriminar alguém. 

O The Telegraph descreve o outro pormenor como uma “instrução aparentemente levada demasiado à letra”. Uma dedicatória num livro de literatura de extrema-direita. “Para Timokha, obrigado pelo teu apoio! Mata para viver! Vive para matar!” E, no final: “Assinatura imperceptível.” 

Leia Também: Kyiv reconhece avanço militar russo no leste da Ucrânia


 

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