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Putin assina decreto que aplica novas sanções contra o Ocidente

Rússia proibirá a exportação de produtos e matérias-primas destinadas a pessoas e entidades incluídas na lista de sancionados. 

Putin assina decreto que aplica novas sanções contra o Ocidente

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que prevê a aplicação de novas sanções económicas de retaliação contra o Ocidente, que se assumem como uma resposta às "ações antipáticas de certos Estados estrangeiros e organizações internacionais", noticia a Reuters.

De acordo com o decreto, a Rússia proibirá a exportação de produtos e matérias-primas destinadas a pessoas e entidades incluídas na lista de sancionados. 

O decreto proíbe ainda a realização de transações com os indivíduos e as empresas estrangeiras atingidas pelas sanções retaliatórias da Rússia, dando ainda permissão às contrapartes russas para não cumprirem as suas obrigações para com elas. 

Lembre-se que o Ocidente procedeu, anteriormente, à imposição de sanções severas a várias empresas russas, nomeadamente às que apresentavam ligações ao Kremlin, na sequência da invasão sobre a Ucrânia.

Neste momento, a União Europeia está a preparar a aplicação de novas sanções sobre o comércio de petróleo russo, tendo expetativas de aprovar um possível embargo sobre o mesmo na próxima reunião do seu Conselho de Negócios Estrangeiros, segundo a informação avançada por Josep Borrell, o Alto Representante do bloco europeu para os Negócios Estrangeiros.

A Comissão Europeia deverá, assim, propor ainda esta semana a aplicação de um novo pacote de sanções, que incluirá um potencial embargo à compra de petróleo russo. Esta é uma medida que, no entanto, provoca ainda alguma discórdia entre os vários países que constituem o bloco europeu. 

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Lembre-se que a invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia, bem como com o constante reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: ONU e OSCE avisam que ataques contra jornalistas são crimes de guerra

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