A nota, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP), foi divulgada após um jantar de trabalho entre Emmanuel Macron e Narendra Modi, em Paris, no qual os dois dirigentes manifestaram "profunda preocupação" com "a crise humanitária e o conflito em curso na Ucrânia".
O Presidente francês, segundo a mesma nota, voltou a condenar a "agressão ilegal e injustificada das forças russas contra a Ucrânia".
A Índia tem-se abstido de criticar diretamente a intervenção da Rússia, que fornece parte importante das importações indianas de armas e energia, embora tenha apelado para um diálogo que permite pôr termo ao conflito.
Macron abordou na reunião com Modi a dependência energética da Índia em relação à Rússia, propondo encontrar alternativas para a compra de energia e armamento, para que a Índia possa aplicar sanções contra a Rússia.
"Não podemos colocá-los num beco sem saída, temos que lhes dar soluções", disse à imprensa fonte do Palácio do Eliseu antes do jantar entre Mácron e Modi, referindo-se ao fornecimento de armas, de energia e à segurança alimentar, ameaçados pelas consequências da guerra na Ucrânia.
França e Índia manifestaram-se por outro lado a favor de "uma resposta coordenada e multilateral" ao risco de agravamento da crise alimentar mundial devido ao conflito na Ucrânia, um dos principais produtores de trigo do mundo.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Macron e Modi também discutiram a situação no Indo-Pacífico, onde defendem a paz, a estabilidade e a prosperidade na região, mas também a situação humanitária no Afeganistão e a cooperação estratégica entre seus países.
Os dois líderes manifestaram também a sua "determinação" em combater as alterações climáticas.
O encontro entre os dois líderes ocorreu por ocasião do 75º aniversário das suas relações diplomáticas.
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