UE promete 'Plano Marshall europeu' para reconstrução da Ucrânia
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, prometeu hoje à Ucrânia um Fundo de Solidariedade da União Europeia (UE) para reconstruir o país que será o "motor para a renovação", classificando-o como um "Plano Marshall europeu".
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Mundo Ucrânia/Rússia
"À medida que nos aproximamos do Dia da Europa, a 09 de maio [próxima segunda-feira], um dia para recordar a paz e a unidade após os horrores da Segunda Guerra Mundial, somos também recordados do Plano Marshall, que ajudou a reanimar a Europa e a recuperar as economias após a devastação da guerra", declarou Charles Michel.
Intervindo na Conferência Internacional de Doadores de Alto Nível para a Ucrânia, na capital polaca, em Varsóvia, o responsável disse acreditar "firmemente" que, perante "a devastação da guerra em solo europeu", o Fundo de Solidariedade da UE "pode e deve ser o ponto de partida de um Plano Marshall europeu para este século".
"Um motor de solidariedade para a renovação e reconstrução da Ucrânia, para a prosperidade da Europa e para a Aliança Transatlântica", vincou Charles Michel.
A criação deste fundo foi acordada pelos líderes da UE no Conselho Europeu de março passado, ocasião na qual os chefes de Governo e de Estado salientaram que o bloco comunitário está empenhado em prestar apoio ao Governo ucraniano para as suas necessidades imediatas e para a "reconstrução de uma Ucrânia democrática", assim que a ofensiva russa tiver cessado.
Os líderes da UE concordaram então em criar um Fundo Fiduciário de Solidariedade da Ucrânia e também apelaram que se iniciem rapidamente os preparativos para esse instrumento e que seja organizada uma conferência internacional para angariar fundos, como a de hoje.
"Esta é uma expressão concreta do nosso compromisso com a Ucrânia, juntamente com a ajuda e apoio de doadores externos", salientou Charles Michel.
Dirigindo-se ao povo ucraniano, o presidente do Conselho Europeu prometeu: "Vamos ajudar a reconstruir o vosso país e a vossa economia, as vossas casas, escolas, hospitais e empresas, o futuro de uma Ucrânia segura e próspera, combinando o financiamento da reconstrução com as reformas necessárias. Isto não é apenas uma visão teórica a longo prazo, a reconstrução começa hoje".
As estimativas do Fundo Monetário Internacional indicam que a Ucrânia necessita de financiamento significativo para manter o Estado a funcionar, de cerca de cinco mil milhões de euros por mês.
"Mobilizámos e desembolsámos assistência macrofinanceira em conjunto com os nossos amigos e parceiros, mas não devemos ser complacentes. Temos de fazer muito mais para prestar apoio prático agora e imediatamente para garantir que enfermeiros, médicos e professores possam ser pagos a tempo e que a Ucrânia possa continuar a funcionar", adiantou Charles Michel.
Também hoje, a Comissão Europeia anunciou, na Conferência Internacional de Doadores para apoiar a Ucrânia devido à invasão russa, um novo pacote de ajuda de 200 milhões de euros da UE destinado às pessoas deslocadas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
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