Ataque rebelde faz pelo menos 20 mortos em Ituri, no nordeste da RDCongo

O ataque deu-se na noite de quinta-feira na aldeia de Idohu, perto de Monge.

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Lusa
16/05/2022 17:41 ‧ 16/05/2022 por Lusa

Mundo

RDCongo

Pelo menos 20 civis morreram em Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo) num ataque atribuído ao grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), segundo fontes locais.

A informação foi hoje confirmada pela agência noticiosa France-Presse, que cruzou fontes concordantes.

Segundo Dieudonné Malangay, vice-presidente da sociedade civil da "chefia" (entidade administrativa) de Walese Vonkutu, o ataque deu-se na noite de quinta-feira na aldeia de Idohu, perto de Monge.

"Um sobrevivente disse-me que contou 30 corpos", afirmou Malangay, questionado em Bunia, capital da província de Ituri.

Impedida de aceder ao local por razões de segurança, a Cruz Vermelha não corroborou este número, mas confirmou ter sido informada do "massacre de pelo menos 30" pessoas.

Também uma fonte das Nações Unidas sublinhou a impossibilidade de verificar as informações vindas da região e avançou que "o saldo será de 30 mortos".

Por sua vez, o barómetro securitário do Kivu, que dispõe de especialistas nas regiões instáveis do leste da RDCongo, partilhou na rede social Twitter que pelo menos 20 civis haviam sido mortos na aldeia de Monge na "quarta-feira, 11 de maio", enquanto que 25 "foram também feitos reféns", suspeitando-se das ADF.

A zona de Irumu fica no sul da província de Ituri, na fronteira com o Kivu do Norte, e é atormentada há mais de um quarto de século pelos ataques sangrentos das ADF, que o grupo extremista Estado Islâmico declarou suas representantes na África central.

O Uganda acusa o grupo rebelde de dois atentados no seu território, cometidos em novembro, pelo que o seu exército tem levado a cabo operações contra as ADF no leste da RDCongo, em conjunto com as forças armadas deste país.

Tanto o Kivu do Norte como Ituri estão há um ano em estado de sítio, medida extraordinária que substituiu a administração civil pelo exército e a polícia, mas ainda não alcançou a paz.

Leia Também: Apreendidas duas toneladas de marfim na RDCongo

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