"O agente que utilizou a sua arma foi detido para realizar as verificações necessárias", revelou hoje à noite a procuradoria de Paris, acrescentando que "os testes de despistagem [deram] negativo".
"A sua arma e munições foram apreendidos", detalhou a mesma fonte.
A vítima, um homem nascido na Síria em 1976 e a viver em Paris, foi apanhado pelos seguranças por volta das 11 horas [10 horas em Lisboa] por ter "pintado do suásticas" nas estações de metro, informou a procuradoria de Paris.
Na estação de Austerlitz, por volta das 14 horas, uma testemunha relatou à polícia ferroviária "que um homem tinha acabado de desenhar quatro suásticas perto da linha 5" do metro, continuou a mesma fonte.
Meia hora depois, a patrulha avistou este homem "no pátio exterior", "foi visto a colocar a mão no casaco" e "pegou no que parecia ser uma arma de fogo, que levantou com as duas mãos em direção aos polícias".
A arma "foi posteriormente descoberto ser falsa", apontou ainda a acusação.
O indivíduo não obedeceu às ordens dos agentes e um dos polícias usou uma arma "várias vezes", explicou a fonte policial.
O autor dos desenhos foi "declarado em morte cerebral pouco antes das 19 horas", ainda segundo a mesma fonte.
"Um taxista que estava perto ficou ferido num pé e foi transportado para o hospital", acrescentou a acusação.
O Ministério Público abriu dois inquéritos, um relativo à violência contra uma pessoa em posição de autoridade pública ou responsável por uma missão de serviço público, a outro à violência com arma por parte de uma pessoa em posição de autoridade pública ou responsável por uma missão de serviço público.
O pátio da estação, localizada na zona sul da capital, esteve completamente encerrado ao público durante a tarde. Polícias e soldados foram destacados para o local.
Um camião de bombeiros estava estacionado em frente a uma das entradas da estação enquanto a plataforma de Austerlitz estava encerrada ao trânsito, tendo sido montado um perímetro de segurança.
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