Uma militar norte-americana transgénero viu-se 'obrigada' a publicar um vídeo como "prova de vida", na sexta-feira, após terem sido levantados rumores, por parte de contas de extrema-direita, de que estaria a pilotar o helicóptero Black Hawk que colidiu com um avião comercial, na quarta-feira à noite, em Washington DC e que matou 67 pessoas.
"Percebo que algumas pessoas me tenham associado ao acidente em DC e isso é falso", disse a piloto da Guarda Nacional do estado de Virgínia, Jo Ellis, num vídeo partilhado nas suas redes sociais, acrescentando que é um "insulto para as famílias que tentem ligar” o acidente a "qualquer agenda política".
A militar afirmou ainda que espera que "todos saibam" que está "viva e bem" e que o vídeo seja "suficiente" para "acabar com os rumores".
Horas antes de postar o vídeo, Jo Ellis tinha partilhado uma captura de ecrã que mostrava uma pessoa, no X, a partilhar fotografias da militar e a dizer que se tratava da piloto envolvida no acidente aéreo. Um rumor que rapidamente se tornou muito comentado na rede social.
Um porta-voz da Guarda Nacional da Virgínia, citado pela NBC News, confirmou que não havia ninguém daquela força a bordo do helicóptero Black Hawk.
Recorde-se que, na passada quarta-feira, um helicóptero Black Hawk colidiu com um avião de passageiros, proveniente de Wichita, Kansas, sobre o rio Potomac, perto do aeroporto nacional Ronald Reagan de Washington DC.
No total, morreram 67 pessoas - 60 passageiros e quatro tripulantes do avião e três soldados - e lista de vítimas inclui mais de uma dezena de patinadores artísticos que regressavam de uma prova.
Leia Também: Washington DC. Piloto de helicóptero era ex-assistente da Casa Branca