É preciso "combater a violência contra as pessoas LGBTIQ+", diz Guterres

António Guterres destaca que as sociedades devem ser capazes de "combater a violência contra as pessoas LGBTIQ+".

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Ema Gil Pires
17/05/2022 09:20 ‧ 17/05/2022 por Ema Gil Pires

Mundo

ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, divulgou uma mensagem por ocasião do Dia Internacional Contra a Homofobia, a Bifobia e a Transfobia, que se celebra esta terça-feira, dia 17 de maio. Na mesma, lembra que "milhões de pessoas LGBTIQ+ em todo o mundo continuam a enfrentar a injustiça simplesmente por serem quem são, ou por amarem quem amam".

Lembrando que "as pessoas LGBTIQ+ têm os mesmos direitos humanos fundamentais que todas as outras pessoas", António Guterres destacou, na mesma mensagem, que é preciso "combater a violência contra as pessoas LGBTIQ+".

O secretário-geral da ONU mostra-se, assim, "profundamente preocupado com a violência, criminalização, discurso de ódio e assédio a que as pessoas LGBTIQ+ estão expostas", tal como às "novas tentativas de as excluir ainda mais da educação, emprego, cuidados de saúde, desporto e habitação".

"Em muitos países, as pessoas LGBTIQ+ são sujeitas a práticas profundamente prejudiciais e humilhantes, tais como as chamadas terapias de 'conversão', intervenções cirúrgicas e tratamentos forçados e inspeções físicas degradantes", aponta ainda o português.

Destacando que as "pessoas LGBTIQ+ estão entre os grupos marginalizados mais afetados pelas muitas crises interligadas no nosso mundo, desde a pandemia covid-19 até à crise climática, conflitos contínuos e desigualdade crescente", António Guterres aponta uma solução "clara" para todo este panorama.

Na sua perspetiva, as sociedades devem ser capazes de "combater a violência contra as pessoas LGBTIQ+", de "proibir as práticas prejudiciais", "proporcionar justiça e apoio às vítimas", e ainda "acabar com a perseguição, discriminação e criminalização" destes indivíduos.

"Temos de combater as causas profundas da marginalização das pessoas LGBTIQ+ como um elemento essencial da Agenda 2030 e a sua promessa de não deixar ninguém para trás", pode ler-se ainda na mensagem, partilhada no site da ONU.

António Guterres destaca ainda que as "Nações Unidas orgulham-se de apoiar e defender os direitos humanos fundamentais e a dignidade de todas as pessoas – incluindo as pessoas LGBTIQ+". E apela, assim, "a todos para que se juntem" neste processo de "construção de um mundo de paz, inclusão, liberdade e igualdade para todos".

O Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (IDAHOT), celebrado anualmente a 17 de maio, é celebrado em mais de 100 países, com o intuito de valorizar e acarinhar a ideia de igualdade entre as pessoas independentemente da sua orientação sexual.

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