O Presidente russo, Vladimir Putin, "garantiu que (os rendidos) serão tratados de acordo com o direito internacional", disse o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa.
A Rússia indicou que foram 265 os soldados ucranianos retirados do complexo siderúrgico, incluindo 51 feridos graves, que "depuseram as armas e se entregaram".
Peskov evitou comentar a condição dos militares que se renderam e disse que é uma questão para o Ministério da Defesa.
A Ucrânia prometeu que vai continuar a trabalhar para "salvar as vidas" dos combatentes que estiveram entrincheirados em Azovstal e espera poder "trocá-los por prisioneiros de guerra russos".
Por sua vez, o presidente da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Vyacheslav Volodin, referiu-se a "criminosos nazis", falando dos membros do regimento Azov, grupo considerado ultranacionalista que foi integrado no exército ucraniano, dizendo que estes não devem ser trocados.
"São criminosos de guerra e temos de fazer tudo para os levar à justiça", afirmou.
Acrescentou, contudo, que a Rússia, "ao contrário das forças armadas da Ucrânia", garante "tratamento humano" aos prisioneiros.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 83.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,1 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções à Rússia.
A ONU indicou na segunda-feira que 3.668 civis morreram e 3.896 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
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