A Rússia decidiu, esta quarta-feira, expulsar 27 funcionários da Embaixada de Espanha em Moscovo. Sublinhe-se que, também hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo tomou decisão semelhante em relação a funcionários diplomáticos de França e Itália.
Os funcionários espanhóis foram declarados ‘persona non grata’ e têm sete dias para abandonar o país, a partir do momento em que o embaixador espanhol, Marcos Gómez, for notificado.
“Vinte e sete funcionários da Embaixada de Espanha em Moscovo e do Consulado Geral de Espanha em São Petersburgo foram declarados ‘persona non grata’. Devem deixar o território do país no prazo de sete dias a contar da data de entrega da nota correspondente ao Embaixador”, lê-se num comunicado publicado no site do governo russo.
A decisão surge depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, ter convocado esta manhã o embaixador espanhol em Moscovo e foi tomada como forma de retaliação por o governo espanhol ter decidido expulsar, no mês passado, 25 diplomatas e pessoal da embaixada da Rússia em Espanha, considerando que “representam uma ameaça à segurança” do país e como sinal de rejeição das ações das tropas russas na Ucrânia.
Também hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia decidiu declarar 34 diplomatas franceses e 24 italianos ‘persona non grata’, num golpe de retaliação face à expulsão de diplomatas russos.
Assinala-se, esta quarta-feira, o 84.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo os mais recentes dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito superior, 3.752 civis morreram e outros 4.062 ficaram feridos desde o início da invasão.
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