Esta é a última indicação de que os republicanos estão dispostos a sacrificar a sua relação com as grandes empresas para marcarem alguns pontos na guerra cultural.
Muitos republicanos estão a atacar um conceito conhecido pela sua sigla em Inglês, ESG, que remete para Ambiente, Social e Governação, uma tendência de investimento sustentável em expansão no mundo financeiro.
Os dirigentes republicanos minimizam-na como algo politicamente correto e procuram impedir os investidores que contratam com os Estados que dirigem de a adotar a qualquer nível.
Para os ativistas de extrema-direita, que já criticavam a teoria crítica da raça (CRT, na sigla em Inglês), diversidade, equidade e inclusão (DEI) e aprendizagem de emoções sociais (SEL), o ESG é o último acrónimo motivador de raiva.
ESG tem ainda de se afirmar como mensagem política relevante, mas a contestação de que já é alvo está a ganhar velocidade.
Esta semana, o antigo vice-presidente Mike Pence atacou o conceito, durante um discurso em Houston. E na quarta-feira, no mesmo dia em que revelou na rede social Twitter que tencionava votar republicano, Elon Musk também o criticou, depois de a Tesla ter sido excluída do Índice ESG do S&P500.
O conceito sustenta que os investidores devem considerar critérios como o risco ambiental, as retribuições equitativas e quão transparentes as empresas são nas suas práticas contabilísticas.
Novas exigências das agências da notação financeira facilitaram a adoção destes princípios, de tal modo que as empresas que já os seguem representam 16,6 biliões (milhões d milhões) de dólares de investimentos nos EUA.
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