George W. Bush foi alvo de tentativa de assassinato por parte do Daesh
O alegado responsável por este plano, segundo a notícia da Forbes, estava nos Estados Unidos da América desde 2020, contando com um pedido de asilo pendente.
© Reuters
Mundo Daesh
O Daesh (autoproclamado Estado Islâmico) tinha planos para assassinar o antigo presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, em Dallas. A notícia é avançada pela revista Forbes, que cita o mandado de busca emitido pelo FBI a 23 de março, destinado ao alegado agente do grupo terrorista a quem cabia esta missão.
O tal agente, residente em território norte-americano, terá viajado até Dallas, no anterior mês de novembro, com o objetivo de vigiar as "residências" e os "escritórios" do ex-presidente e de recrutar membros para o auxiliarem no cumprimento desta missão. Estes seriam seus compatriotas, que precisariam de entrar ilegalmente no país através da fronteira com o México. Cabia-lhe ainda a tarefa de "obter armas de fogo e veículos para usar no assassinato", pode ler-se no documento do FBI.
A agência estatal revelou ter descoberto estes planos através do trabalho de dois informadores confidenciais e da vigilância da conta do suposto agente do Daesh no WhatsApp. O 'conspirador' terá dito, de acordo com o mandado, que queria assassinar George W. Bush por achar que ele era responsável pela morte de muitos iraquianos e pelo desmembramento do país após a invasão militar norte-americana sobre o Iraque, em 2003.
EXCLUSIVE: ISIS plot to assassinate George W. Bush revealed https://t.co/YfqnOXc6eL pic.twitter.com/99M1VE0Oyo
— Forbes (@Forbes) May 24, 2022
O alegado responsável por este plano, segundo a notícia da Forbes, estava nos Estados Unidos da América desde 2020, contando com um pedido de asilo pendente.
Em novembro de 2021, o suspeito terá revelado a um informador do FBI o seu plano de assassinato de Bush, tendo-lhe perguntado se sabia como "obter réplicas ou identidades e distintivos fraudulentos da polícia e/ou do FBI" para ajudar a levar a cabo esta sua missão. Terá questionado ainda se seria possível contrabandear os conspiradores para fora do país do mesmo modo através do qual entraram, após cumprida a tarefa.
O alegado agente do Daesh aqui em causa terá ainda dito que pretendia encontrar e assassinar um ex-general iraquiano que terá auxiliado americanos durante a guerra e que julgava estar a viver em território norte-americano com uma identidade falsa.
O 'conspirador' revelou ainda fazer parte de uma unidade chamada 'Al-Raed', em português 'Trovão', liderada pelo ex-piloto iraquiano de Saddam Hussein, que morreu recentemente. Cerca de sete membros do grupo seriam enviados para os Estados Unidos da América com o objetivo de matar o ex-presidente norte-americano, revela ainda o mandado de detenção.
Segundo o mesmo documento, o suspeito terá dito a uma fonte confidencial do FBI que planeava levar quatro homens nacionais iraquianos localizados no Iraque, Turquia, Egito e Dinamarca para os Estados Unidos - um deles seria “o secretário do ministro das finanças do Daesh”.
O alegado agente do Daesh, sobre o qual recai esta investigação, descreveu ainda os recrutas como sendo “ex-membros do partido Baath, no Iraque, que não concordam com o atual Governo e eram exilados políticos”, revelou o FBI.
A Forbes explica ainda que, pelo facto de ainda não ter sido feita qualquer acusação contra o suspeito, opta por não divulgar o seu nome ou o mandado de detenção completo. A revista aponta ainda que não há informações sobre se o mesmo foi, ou não, entretanto detido.
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