Uvalde. "Tristemente, estávamos aptos", diz médica que recebeu vítimas

A responsável pelo serviço pediátrico do hospital de San António disse, em entrevista à CNN, que o que mais afetou a equipa foram "todos os pacientes" que não receberam.

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Notícias ao Minuto
27/05/2022 16:15 ‧ 27/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Tiroteio no Texas

Uma das cirurgiãs pediátricas que recebeu sobreviventes do tiroteio da escola primária que ocorreu na terça-feira em Uvalde, no Texas, deu uma entrevista onde falou a várias publicações norte-americanas, como a CNN ou a CBS News.

Lillian Liao explicou que nesse dia, "tão difícil para toda a América", todos os cirurgiões, anestesistas e restante equipa médica se mobilizou depressa e soube como agir, em grande parte porque esta não era a primeira experiência do género. "Tristemente, estávamos aptos para isso e pensávamos que íamos receber mais pacientes do que aquele que recebemos", confessou á CBS News, referindo-se às quatro crianças que deram entrada no serviço de trauma do hospital de San António.

Também à CNN, Liao falou da agilidade com que receberam as vítimas, algo que aprenderam em 2017, devido ao tiroteio que ocorreu numa igreja na zona de Sutherland Springs, e que causou a morte a 26 pessoas.

"Com a última experiência aprendemos que quando estamos a lidar com ferimentos que ocorrem a alta velocidade, não podemos receber muitos pacientes", explicou, acrescentando que "essa é a parte que mais afeta" toda a equipa". "Não os pacientes que recebemos - e que estamos muito honrados em tratar -, mas sim os pacientes que não recebemos", referiu.

A médica explicou que "quando se fala em crianças" este tipo de ferimentos pode fazer "com que elas sangrem até à morte em cinco minutos". "Quando se trata de uma criança, o seu corpo é bem menor do que o de um adulto, então a bala atinge-os a alta velocidade, criando uma destruição maior" ao nível interno.

De momento, uma das quatro crianças já teve alta do hospital, de acordo com a CNN, e nenhuma das outras vítimas se encontra em estado crítico.

Leia Também: Polícia do Texas investigada por resposta ao ataque em escola de Uvalde

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