Trata-se de uma medida "motivada politicamente, não economicamente" e que afetará os consumidores europeus em primeiro lugar, afirmou o governante russo em declarações após uma reunião da aliança OPEP+, composta pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e 10 aliados externos.
"Vemos um aumento dos preços, não só do petróleo, mas também de derivados. Não excluo que haja uma grande escassez de produtos petrolíferos na UE", sublinhou.
O vice-primeiro-ministro da Rússia considerou que esta "é uma solução muito ineficiente do ponto de vista da segurança energética global, do ponto de vista dos interesses dos consumidores".
Já a Rússia, será "forçada a reconfigurar a indústria de petróleo e gás na situação atual", disse o ministro, repetindo a mensagem já antes transmitida por Moscovo de que as empresas e as autoridades russas já estão a lidar com estes problemas e se adaptarão ao embargo da UE, que entra em vigor no final do ano.
A Europa, por sua vez, para garantir a entrega de petróleo para transformação, terá de alterar os laços "estáveis" que manteve durante décadas com a Rússia e conseguir que os produtores redirecionem o crude de outros mercados para a UE.
O Kremlin também quis hoje minimizar o impacto do embargo da UE.
O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, disse na sua conferência de imprensa diária que a Rússia não venderá o petróleo "com prejuízo".
"Naturalmente, a Rússia não venderá nada com prejuízo. Em todo o caso, se a procura diminuir em algum lugar, aumenta noutros. Há uma reorientação dos fluxos, uma procura das condições mais favoráveis", insistiu.
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